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06. CAPÍTULO SEIS

CAPÍTULO SEIS
ato um: cálice de fogo

O CAFÉ DA manhã foi o momento mais feliz do dia para Erika, o mingau de aveia que serviram foi o melhor que ela já comeu em toda a vida. Ela estava com seu suco de abóbora na mão ouvindo seus amigos falarem sobre o que fariam naquele dia, Cedric estava ao lado dela comendo em silêncio possivelmente pensando em como descobrir qual seria o primeiro teste quando faltava tão pouco tempo. O menino estava imerso em perguntar a todos se eles tinham visto, ouvido ou mesmo cheirado algo fora do comum no castelo ou arredores mas nada ainda, ele estava começando a ficar um pouco frustrado mas a Professora Sprout o acalmou dizendo que receberia as informações em breve e que ele não tinha nada a perder perguntando a Fleur ou Krum, mas Cedric considerou isso uma trapaça, então ele não faria isso, por mais ansioso que estivesse.

Erika viu que seus amigos estavam usando os distintivos que Draco havia feito dias atrás. Eles perguntaram por que ela não tinha um e que ela poderia pedir um para qualquer pessoa da Sonserina, mas ela apenas balançou a cabeça depois de ter sido punida com Harry, ela começou a entender e perceber que a imagem que ela tinha dele não era tão errada quanto ela pensava. Cedric pediu a seus colegas de casa que não usassem os distintivos porque ele deixou claro que eles o apoiavam, mas o ignoraram, tornando a vida impossível para Potter.

As corujas mensageiras começaram a chegar para deixar a correspondência da manhã, diversas cartas, pacotes e revistas caíram na frente de seus respectivos donos, sendo evitados por alguns por medo de serem atropelados por algum pássaro. Uma carta e uma revista caíram na frente de Hannah, Justin, Ernie e Susan também receberam cartas. Cedric recebeu uma carta e ao seu lado Erika também. Todos abriram os envelopes e começaram a ler as mensagens. Desta vez a carta de Danielle foi um pouco mais curta.

Erika,

Você já sabe alguma coisa sobre o primeiro teste? Eu ouvi Charlie falando sobre visitar Hogwarts para o torneio, se você o vir ele pode saber de alguma coisa, ele tem estado mais quieto do que o normal nos últimos dias. Talvez eu também vá ver algumas evidências mais tarde, no processo digo olá para Cedric e o parabenizo pessoalmente. Dê meus cumprimentos, ok?

Todo o ministério está em movimento por causa do torneio e porque o menino Potter está participando, alguns acreditam que algo ruim está para acontecer, mas acho que talvez o Cálice quisesse jogar sozinho com novas regras. Eu não gostaria de pensar que o que aconteceu na Copa Mundial de Quadribol tenha algo a ver com isso. Falando nisso, papai escreveu para você? Se ele fizer isso, por favor, não leia as cartas dele. Depois da Copa Mundial de Quadribol e de todos os rumores, eu não ficaria surpresa se ele tentasse manipular você.

Tome cuidado, por favor.

D.F.

— Meu Deus, esse maldito rouba tudo! — Hannah rosnou, surpreendendo Erika.

Olhando para cima, Hannah tinha o número do profeta sobre a mesa, Cedric e ela caminharam até o outro lado da mesa para ver o que havia incomodado a loira e ela leu para eles.

— "O Torneio Tribruxo finalmente começou na Escola de Hogwarts. Esta nova edição nos surpreendeu com não três, mas quatro campeões, entre eles o garoto mais conhecido do mundo mágico, Harry Potter, que com apenas 12 anos sacrificou sua infância para poder para vencer. Para ser o herói que a escola precisa novamente. O garoto acredita firmemente que eles ficariam orgulhosos se estivessem vivos, mas esse orgulho é bastante perceptível... Em sua linda e inteligente namorada, Hermione Granger!" Eu não sabia que eles estavam namorando! — Hannah exclamou totalmente surpresa.

— Você não pode acreditar nessa estupidez. — Erika bufou revirando os olhos.

— Talvez algumas coisas pareçam fora do lugar, mas eu li com bastante credibilidade. — Justin falou, mastigando o pão. — Quer dizer, tudo parece exagerado mas a relação entre eles pode ser verdadeira.

Susan franziu a testa e olhou rapidamente para Hannah, que sorriu para ela como se soubessem de algo entre elas.

— Sempre soubemos que havia uma espécie de tensão entre eles. — Susan murmurou, aproximando-se da mesa com Hannah fofocando.

— É verdade! Se Rita Skeeter diz isso é porque é verdade ou porque é óbvio que algo está acontecendo ali.

As três garotas olharam disfarçadamente para a mesa da Grifinória onde Harry e Hermione liam o diário ao mesmo tempo com rostos confusos. A garota parecia incrédula com tudo que lia e franzia a testa enquanto falava de uma forma que parecia rude e raivosa. Seu olhar notou os olhos das meninas da Lufa-Lufa e ela engoliu em seco, Susan e Hannah sorriram antes de se virarem, Erika apenas sorriu timidamente e rapidamente para ela antes de voltar para seu mingau de aveia.

— Ótimo, agora os Lufa-Lufas acreditam que é verdade. — murmurou Hermione, balançando a cabeça.

— E o que é isso? Contanto que você saiba que é falso, não terá problemas. — Ginny falou, mexendo seu mingau de aveia.

— Ela não mencionou nenhum outro campeão. — Harry murmurou mordendo os lábios em frustração. — Isso só vai fazer com que eles me odeiem mais.

— Provavelmente é isso que ela está procurando. — respondeu a ruiva. — Sabe-se que Rita Skeeter só busca polêmica, com os outros campeões ela não teria conseguido leitores.

Os três balançaram a cabeça, irritados com a situação. O positivo foi que a maioria apoiou a ideia de que Rita queria causar sensacionalismo com aquela entrevista mas também acreditaram que Harry e Hermione estavam namorando mesmo. Ao saírem do grande refeitório todos olharam para eles e mesmo negando o que a jornalista escreveu, todos apenas riram pensando que estavam sendo tímidos. Os Lufa-Lufas continuaram a olhar mal para Harry, pois acreditavam que, devido à sua popularidade, ele havia mais uma vez ofuscado Cedric por ter uma boa entrevista com Rita Skeeter e aparecer no jornal como mais do que apenas um nome. Ron não falava com ele mais do que o necessário e isso o deixava cada vez pior; o garoto ocasionalmente ficava com Hermione, deixando Harry sozinho a maior parte do tempo.

Por isso no final de semana ele resolveu se afastar de tudo e caminhou pela pequena floresta para espantar um pouco toda a ansiedade gerada por sentir que todos estavam lhe dando as costas por algo que não era culpa dele. Perto do lago ele notou que Neville estava sentado tirando os sapatos ao lado de uma garota que usava um suéter largo e jeans. Era Frukke quem tinha um livro nas mãos e olhava para o menino enquanto conversavam.

— E você realmente acha que vai encontrar alguma dessas plantas que estão... Nesta coisa? — Erika perguntou escaneando o livro, ela estava em um estado questionável, visivelmente molhado e seco ao ar livre.

— Segundo o livro, sim, basta olhar com atenção. — Neville disse entusiasmado, arregaçando as calças até os joelhos. — Além disso, o dia está ótimo para procurar plantas aquáticas.

— O que você quiser... — Erika respondeu, apoiando-se no tronco da árvore. — O que Rita Skeeter disse é verdade? A coisa sobre Harry e Hermione.

Ela sabia muito bem que era falso, Rita Skeeter nunca dizia a verdade ou tirava as coisas do contexto. Ela nunca os tinha visto de mãos dadas, mas sua mente lhe dizia que nem todos os casais eram iguais. Nem todos os casais demonstravam explicitamente seu afeto ao público e preferiam manter as coisas em segredo. Se ela sabia que era falso, por que uma pequena parte dela pensava que o que aquela mulher ridícula dizia poderia ser verdade?

Neville encolheu os ombros com a pergunta ao entrar na água. — São coisas um tanto pessoais, se não comentam deve ser por algum motivo.

— É verdade. — ela respondeu balançando a cabeça lentamente. — Você se lembra da garota de Beauxbatons que falou comigo na grande sala de jantar? — Erika perguntou folheando o livro, recebendo uma resposta positiva de Neville. — Ela me convidou para um encontro em Hogsmeade.

O menino que agora estava com as mãos na água levantou-se rapidamente surpreso e um leve rubor adornou seu rosto.

— Realmente? Isso é incrível, Eri. Estou muito feliz em ouvir isso. — ele disse sinceramente, os dois se encarando.

— Você acha que ela gosta de mim? — Erika perguntou timidamente, ela não era muito boa em falar sobre seus sentimentos.

Neville pensou por alguns segundos, era óbvio para ele que a garota tinha sentimentos pela amiga porque ela a havia convidado para aquele encontro por algum motivo, certo? Mas talvez para as garotas que namoravam outras garotas a percepção do namoro fosse diferente, se ele estivesse no lugar da amiga da Lufa-Lufa ele teria certeza que a garota estava pregando uma peça nele ou algo assim, mas Neville sabia que com Erika esse não era o caso. Era diferente, ela era linda e gentil, divertida, ela sabia que muitos de seus colegas a consideravam uma das garotas bonitas da casa do texugo e a colocavam ao lado de Cedric na posição de mais bonita de sua respectiva casa.

Quando pensou em uma resposta que deixasse a morena sozinha, alguns passos se aproximaram deles, foi Harry quem veio sozinho e com um ar bastante solitário.

— Olá. — ele os cumprimentou um pouco sem jeito. — Vocês se importam se eu sentar com vocês?

Neville e Erika negaram imediatamente e Harry sentou-se ao lado de Frukke. Quando ele perguntou à garota o motivo pelo qual Neville estava com os pés na água, ela apenas lhe entregou, entediada, o livro que tinha nas mãos.

— O que é isso? — Harry perguntou confuso, olhando para a capa.

— Moody me deu quando tomamos chá. — Neville explicou e por sua vez tirou em suas mãos uma planta parecida com uma alga que olhou surpreso. — Incrível!

— O que você está procurando? — Potter perguntou ao menino.

— Especificamente? Não faço ideia. — Neville respondeu com uma leve risada.

Harry folheou o livro entediado e então se lembrou de algo. Ele olhou rapidamente para Erika e pareceu que ambos pensaram em dizer algo um ao outro pois ficaram surpresos ao verem seus olhares se conectarem ao mesmo tempo. Eles se entreolharam confusos e Harry pigarreou.

— Você primeiro. — o menino a encorajou.

— Ah, não é nada importante mesmo. Não quero ser... Fofoqueira, mas só queria saber como você estava lidando com os rumores. — Erika perguntou casualmente.

— Eu não estou namorando Hermione. — Harry respondeu rapidamente como se fosse automático e Erika assentiu em compreensão. — Queria me desculpar, não achei que Rita Skeeter iria escrever só sobre mim.

— Ok, Cedric me contou que a entrevista dele foi péssima então ela não perdeu nenhum material exclusivo do lindo garoto da Lufa-Lufa. — Erika disse zombeteiro, fazendo o garoto rir.

Neville olhou para as algas que havia encontrado e viu Ron, Hermione, Gina, Susan e Hannah se aproximando pela estrada de terra. Ele cumprimentou o estranho grupo que se aproximava já que não sabia que os Lufa-Lufas iriam passear com eles. Harry se levantou e se aproximou do grupo, Hermione e Ron sussurraram algo um para o outro sob o olhar estranho de Neville e Erika.

A menina de olhos azuis olhou para as amigas e com o olhar perguntou-lhes o que estava acontecendo, mas elas apenas levantaram os ombros. Neville viu uma planta perto da costa que havia visto no livro e pediu a amiga que o ajudasse a removê-la, pois era possível que ela mordesse. Frukke olhou para ele como se ele fosse louco, mas acabou aceitando depois de alguns segundos, entrando na água lentamente.

Ao fundo ela podia ouvir como Harry e Rony estavam mandando mensagens através de Hermione só para não se falarem, a garota chegou a um limite onde estava farta da imaturidade de seus amigos e gritou para eles que ela não era uma coruja ao mesmo tempo em que Erika pisou em uma pedra escorregadia do lago que fez com que ela e Neville caíssem na água com um barulho.

A lufa-lufa caiu sentada com muita dor enquanto Neville caiu de joelhos ao ser arrastado pela garota para cair com ela. Todos se viraram para olhar e riram baixinho ao ver os dois molhados no lago. Neville ficou vermelho ao ver Hannah sorrindo timidamente para ele e Erika ficou envergonhada ao ver que Hermione e Ginny a viram cair. Ela não parava de se envergonhar na frente das duas?!

— Maldito Longbottom! — Erika reclamou, levantando-se rapidamente, saindo do lago, olhando para o chão para evitar o olhar dos outros.

Envergonhado, o menino seguiu o exemplo. Hannah e Susan se aproximaram quando os três grifinórios saíram, deixando Harry para trás com a mensagem de que Hagrid estava procurando por ele.

— Você está bem? — Susan perguntou se aproximando.

Erika acenou com a cabeça com uma careta irritada enquanto Susan a enxugava com um aceno de varinha, fazendo o mesmo com Neville que agradeceu, o pobre rapaz ainda incapaz de olhar para Hannah.

— O que os dois estavam fazendo lá? — perguntou a ruiva, sentando-se com eles enquanto calçavam os sapatos.

— Ajudei Neville a desenterrar uma planta estúpida porque ele precisava de ajuda. — Erika murmurou entre os dentes.

— Que planta? — Hannah perguntou, chamando a atenção de Neville.

O menino explicou tudo para ela já que a loira o incentivou a conversar mais. Eles começaram a ler o livro juntos, deixando Erika e Susan completamente fora daquele mundo adorável, que se entreolharam com um sorriso cúmplice, sabendo que iriam incomodar Hannah a noite toda. Resolveram deixá-los sozinhos em seu mundinho e caminharam juntas de volta ao castelo, a tarde estava fresca e agradável para passear. Susan usava o lenço que tinha as cores representativas da Lufa-Lufa por cima da jaqueta de lã, fazendo Erika repensar sua maneira de se vestir no frio. Por baixo do suéter ela usava uma camiseta fina e estava com frio depois de cair na água.

— Hermione me perguntou sobre você. — Susan disse de repente enquanto subiam uma pequena ladeira.

Erika olhou para ela rapidamente, confusa, será que ela ouviu certo?

— O que? — Erika perguntou parando de andar. — Por que?

Susan encolheu os ombros com as mãos nos bolsos da jaqueta e virou-se para olhar para ela.

— Ela me perguntou sobre o que você fazia durante as férias, quando a maioria das pessoas ia para casa. Eu disse a ela que você passava com sua irmã e ela ficou surpresa ao descobrir que você não morava com seus pais.

— Por que ela está tão interessada em mim? — Erika perguntou genuinamente confusa.

— Não sei, perguntei a mesma coisa e ela apenas me disse que era simples curiosidade conhecer alguém depois de passar por algo tão dramático como o que viveu na Copa Mundial de Quadribol.

Erika franziu a testa, foi isso? Hermione Granger era estranha. Primeiro olhando a página do anuário de Danielle e agora perguntando à melhor amiga como ela passava as férias, o que ela estava planejando? Talvez ela tivesse levado a brincadeira da biblioteca a sério e Granger quisesse saber sobre sua família porque tinha uma queda por eles.

Ela riu internamente disso, era estúpido, mas ainda assim era estranho. Poderia ser simplesmente que ela quisesse conhecê-la melhor agora que estavam conversando mais. Ela faria isso também se estivesse no lugar dela, afinal era preciso saber se a família era purista ou não antes que ela, uma nascida trouxa, começasse a se aproximar de um aluno.

A noite estava chegando nos dormitórios e no dormitório feminino do quarto ano da Lufa-Lufa ainda não havia intenção de dormir. As três amigas tiraram do baú sacolas e caixas de doces e salgadinhos que comeriam enquanto conversavam, era o que faziam de vez em quando depois de uma semana um tanto estressante e o quarto ano começava a ser assim com os preparativos para os NOMs que estavam acontecendo. Entre o torneio e todos os estudos estava ficando um pouco estressante para os alunos.

Já de pijama, elas se sentaram perto da cama de Hannah enquanto Susan trançava os longos cabelos loiros da amiga para dormir. Erika as observava enquanto ela comia penas de açúcar e elas conversavam sobre seus dias. Foi divertido para a morena até sair a queda do lago.

— Supere isso. — Erika murmurou ainda envergonhada com as risadas das  amigas. — O que vocês estavam fazendo lá afinal?

— Nós os encontramos no caminho e Hermione falou conosco porque estava com raiva de Ron. Ginny nos explicou que eles estavam bravos e tudo mais. — Hannah disse cortando um pedaço de chocolate com os dedos. — Íamos te procurar para estudar história da magia.

— E você acabou se humilhando na frente de Hermione e Ginny novamente. — Susan zombou com uma risadinha.

Erika se jogou para trás, fechando os olhos com um grunhido, sua humilhação não ficaria ali para sempre.

— E você falando sobre plantas com Neville. — Erika disse para Hannah como se a estivesse atacando.

Hannah abriu os olhos e olhou para ela pelo canto dos olhos, se ela mexesse a cabeça Susan iria bater nela por estragar suas tranças.

— E o que é isso?

— Você ainda não acha que gosta de Neville, Hannah? — Susan perguntou docemente, fazendo a loira corar.

— Não gosto... É melhor conversarmos sobre outra coisa! Concordamos em conversar sobre Harry e Hermione.

— Eles não estão juntos. — Erika respondeu. — Harry me contou.

— Bom, então Hermione está com Vítor Krum porque eu os tenho visto juntos muitas vezes. — Susan disse ainda trançando os cabelos da amiga.

Erika franziu a testa. Krum era velho demais para flertar com alguém de 15 anos.

— O que eu faria para que um garoto de Durmstrang se interessasse por mim. Eu vi que Viktor é bastante respeitoso com Granger, ele gosta muito dela. — Hannah disse sonhadora e pareceu lembrar de algo. — Sabe quem mais parece apaixonado?

Susan parou de trançar esperando a amiga completar a frase, Erika inclinou a cabeça mastigando o chocolate da loira enquanto olhava para ela.

— A garota de Beauxbatons que está apaixonada por Erika! — Hannah cantarolou.

Susan abriu a boca surpresa e olhou para a amiga incrédula pedindo explicações. A amante das criaturas mágicas balançou a cabeça enquanto um leve rubor apareceu em suas bochechas. Ela explicou tudo para a ruiva, desde quando Adrianne a abordou até o encontro que ela pediu em Hogsmeade. A notícia foi uma surpresa para as duas amigas que gritaram como banshees, pois achavam tudo muito romântico. Elas apagaram as luzes depois de alguns minutos porque foram repreendidas por uma monitora que estava voltando de sua patrulha, mas isso não impediu os murmúrios de Susan e Hannah incomodando Erika com seu próximo encontro, fazendo a garota lançar um feitiço de silêncio para as duas enquanto ria.

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O primeiro teste já era conhecido, os campeões teriam que enfrentar um dragão aleatório em mais alguns dias. Cedric já tinha algum tipo de plano, era bastante estratégico e ele pensou no simples: uma distração. Para a primeira prova foi bastante perigoso, eles começavam a se perguntar como seriam as provas seguintes e se algum dos campeões acabaria gravemente ferido ou não. Mas para Erika, a verdade é que tudo estava ficando em segundo plano quando Binns a enviou para fazer pesquisas por causa de suas notas baixas em História da Magia e Snape a enviou para ler mais porque iria interrogá-la por ter explodido um caldeirão.

Ela havia se concentrado em poções naquele dia, havia lido um pouco sobre as poções que iam para os NOMs e maneiras de criá-las sem explodir o caldeirão como havia feito. Seu relógio já marcava nove da noite e ela provavelmente teria que caminhar até seu quarto antes do toque de recolher. Guardou suas anotações e pegou os livros que usava para deixá-los onde estavam e saiu daquele corredor. Ela caminhou pela biblioteca e viu alguns alunos da quinta e sétima série com milhares de livros gigantes ao lado, estudando nas mesas no meio do corredor geral. Eles pareciam estressados ​​e tinham olheiras terríveis.

Erika ajeitou a alça de sua bolsa e continuou seu caminho, mas de uma das estantes próximas ela de repente esbarrou em alguém, pediu desculpas e ficou surpresa ao ver Hermione. Ela não parecia muito bem, parecia exausta ou melhor, estressada, suas olheiras estavam um pouco marcadas, ela estava pálida e seus olhos estavam inchados talvez por falta de sono.

— Você está horrível. — Erika disse sem pensar, se arrependendo no segundo. — D-desculpa... Você está bem?

— Sim, por que não estaria? — Hermione respondeu um tanto frenética, sentando-se à mesa que tinha milhares de livros ao redor.

Erika olhou para ela em silêncio por alguns segundos com a cara preocupada e a Grifinória suspirou, sabendo ao que a garota estava se referindo. Ela sabia que não estava bem.

— Estou ajudando Harry a passar no primeiro teste. — Hermione explicou, recostando as costas na cadeira e olhando para ela. — É um pouco difícil quando seu melhor amigo é teimoso.

— Você encontrou alguma coisa? Você parece um pouco estressada, não precisa de ajuda? — Erika perguntou preocupada.

Hermione balançou a cabeça gentilmente, ela ainda tinha três dias restantes e Harry estava procurando um plano sozinho, sem ajuda. Ela estava prestes a encontrar algo, mas seu cansaço e estresse a faziam ignorar milhares de coisas naquele momento.

— Bem, você pelo menos tem algo em mente? — Erika dessa vez sentou ao lado dela olhando os livros que estavam sobre a mesa.

Feitiços, poções, livros de estratégia, história de torneios tribruxos e manejo de dragões. Granger estava procurando todos os caminhos possíveis que existiam.

— Pensamos na vassoura dele, ela é rápida e pode voar e alcançar o ovo rapidamente mas ele não consegue carregá-lo. — Hermione explicou exausta com uma bufada.

— Mas ele pode carregar a varinha, certo? — vendo Hermione acenar com a cabeça, Erika sorriu e apoiou o cotovelo na mesa para apoiar a cabeça com a mão. — Você está muito estressada, Granger. Você não se lembra do feitiço de invocação?

A garota permaneceu em silêncio por alguns segundos, olhando para um ponto fixo, processando o que havia ouvido, e seus olhos se iluminaram imediatamente. Ela se levantou e com uma chama de emoção nos olhos, olhou para a Lufa-Lufa que estava olhando para ela com um leve sorriso.

— É verdade! Você é um gênio, Erika. — Hermione  disse, começando a mover pergaminhos e livros por todos os lados, mas de repente parou. Erika olhou para ela de forma estranha e olhou para o que ela tinha em mãos, não havia nada sobre o feitiço de invocação. — Harry não sabe como lançá-lo.

— Ah, isso é um problema... — a menina de cabelos negros murmurou em resposta.

Pareceu-lhe estranho, era um feitiço bastante simples e fácil de fazer, o fato de Harry não conseguir fazê-lo bem a surpreendeu no sentido de que ela achava que o menino aprendia rápido.

— Tenho que ensinar bem o feitiço para ele. — Hermione disse inspirando, começando a levar os livros que não tinham mais utilidade para suas estantes. — Você tem tempo?

Erika olhou para ela confusa de sua cadeira.

— Tempo?

Hermione assentiu rapidamente.

— Se você me ajudar a ensinar o feitiço para ele será mais rápido, você está entre as cinco melhores notas de feitiço. — Hermione comentou quase com desespero.

— Mas... Agora? — Erika perguntou franzindo a testa. Ao ver Hermione acenar com a cabeça, seus olhos se arregalaram de surpresa. — Você está louca?! Quer dizer, não tenho nenhum problema em ajudá-los, mas não será agora.

— O teste é daqui a dois dias! — a garota reclamou, olhando para ela com irritação.

— Sim e você claramente precisa descansar! — Erika disse se levantando, olhando fixamente para a morena. — Eu te ajudo amanhã, agora o que você precisa é descansar. Você sabe como ajudá-lo, ótimo, agora vamos dormir.

— Mas...

— Amanhã ou não eu te ajudo. — Erika sentenciou com um tom de voz sério.

Hermione olhou para ela irritada, ela não conseguia acreditar que Erika pudesse ser tão teimosa. Erika pensava o mesmo, era mútuo. A Grifinória assentiu lentamente fazendo a garota se sentir satisfeita e ela se levantou pegando sua bolsa.

— Brilhante. Vou acompanhá-la até sua sala comunal para descansar.

Hermione olhou para ela rapidamente, confusa. — Para que?

— É tarde demais, você é um alvo fácil para Pirraça se ele te ver assim.

Erika estava certa, Pirraça costumava irritar os alunos que andavam pelos corredores escuros pregando peças muito mais duras do que o normal. Elas saíram da biblioteca e caminharam até a torre da Grifinória em silêncio, Hermione olhando para o chão enquanto caminhava devido ao seu desconforto, seria desconforto? Ela não sabia, era estranho ficar sozinha com Erika depois das coisas que ela disse para ela antes, ela percebeu porque ela sempre lutava, disse a ela que os dentes dela antes de serem consertados eram adoráveis ​​e agora ela a estava levando para o seu sala comunal para cuidar dela. Viktor tinha feito a mesma coisa e não sentia nada, mas agora a atmosfera para ela era... Estranha, mas uma boa estranheza.

Erika, por sua vez, estava esperando para ver se Pirraça aparecia para perceber o dilema que a garota ao seu lado tinha ou para perceber a pequena faísca que estava nascendo em seu estômago. A noite fria e a fraca iluminação das tochas o deixavam feliz, o silêncio era confortável e a caminhada até a torre da Grifinória era agradável.

Assim que chegaram ao retrato, Erika sorriu gentilmente para a Mulher Gorda antes de olhar para Hermione novamente.

— Descanse, amanhã você pode me procurar para te ajudar com Harry. — Erika disse, colocando as mãos nos bolsos da túnica.

— Obrigada por me trazer, não era necessário... — Hermione disse um pouco envergonhada.

Erika riu baixinho e depois de brincar com as mãos ela curvou levemente a cabeça e se afastou para ir para sua sala comunal. Hermione a observou partir com um sorriso suave no rosto, a garota conseguia ser bastante educada e cavalheiresca quando queria. Um pigarro a fez pular e ela olhou para a senhora gorda.

— Você vai entrar? — perguntou a mulher do quadro, farta. — Você não fica tanto tempo fora quando o bonitão faz o mesmo.

— Ah, por favor. — Hermione rosnou ao entrar na sala comunal, ignorando as palavras da mulher.

No dia seguinte, Erika foi chamada à sala de feitiços, parecia que Hermione havia pedido ao Professor Flitwick o favor de usá-la para Harry praticar para o torneio. O bom é que Flitwick era simpático e adorava ver os alunos treinarem fora do horário de aula, sua felicidade foi maior quando lhe contaram que aquele treino era para o torneio. A Lufa-Lufa chegou na sala de aula e viu Harry praticando o movimento de sua varinha com Hermione ao seu lado com um livro na mão, na frente deles havia um copo de cristal que ela presumiu que deveria chegar às mãos do menino.

Ela não estava ali há mais de dez segundos e já conhecia o problema de Potter, parecia fora de foco, sua mão se movia com muita rigidez, ele tinha má postura e assim por diante, era incrível que Hermione não tivesse percebido. O que ela percebeu foi sua chegada.

— Erika! — Hermione sorriu aliviada, deixando o livro sobre a mesa. — Obrigada por ter vindo.

Harry interrompeu o treino e olhou para ela também, cumprimentando-a com um sorriso rápido. Os dois pareciam estressados, pelo menos Hermione não tinha mais tantas olheiras e seu cabelo parecia menos bagunçado do que na noite anterior. O cabelo de Harry estava bagunçado como sempre, mas era óbvio que ele não tinha dormido muito nos últimos dias.

— Não tem problema, não quero ver Harry virando comida de dragão. — Erika respondeu caminhando até a mesa onde estava o livro de Hermione. — Funcionou para você? — ela perguntou olhando para Harry.

O menino balançou a cabeça. — A única coisa que posso fazer é fazê-lo cambalear. — ele apontou com o queixo para o vidro que estava nas recepções.

Erika pensou por alguns segundos antes de falar, ela não queria parecer muito nerd ou fazer Harry se sentir mal dizendo que só de olhar para ele perceberia os erros, isso também faria Hermione se sentir mal por não ter percebido antes. Ela olhou para o lado e viu Hermione olhar rapidamente, fazendo com que a garota de olhos azuis ficasse curiosa.

— Você pode tentar fazer isso? — a garota perguntou, movendo os pés que estavam pendurados na mesa.

Harry gritou 'Accio!' mas nada aconteceu, dessa vez o vidro não balançou nem um centímetro. Potter grunhiu de frustração e Hermione suspirou de exaustão, Erika saiu da mesa e ficou perto do garoto.

— Ok, vamos fazer alguma coisa. Melhore sua postura. — disse ela cercando o garoto, tocando suas costas quando passava por aquele lado. — Seu peito um pouco mais alto para ficar mais reto.

Potter obedeceu e gritou 'Accio!', desta vez o vidro balançou um pouco para frente.

—  Ótimo, ainda não pedi para você conjurar, mas tudo bem. — a Lufa-Lufa murmurou, ouvindo um 'desculpa' do garoto de óculos. — O movimento da varinha é mais suave, você faz isso de forma muito abrupta e rápida. Experimente assim: Accio!

O copo de vidro voou rapidamente para as mãos de Erika, surpreendendo os dois grifinórios presentes. Ela olhou para o copo com um sorriso e atravessou a sala para devolvê-lo ao seu lugar, virando-se para olhar para Harry.

— Você deve ter uma imagem clara do que deseja invocar, em sua mente visualize o copo indo para sua mão. Experimente.

Harry lançou o feitiço novamente, desta vez o copo se moveu até cair no chão deixando-o rapidamente animado olhando para Hermione que sorriu para ele com orgulho. Erika, por sua vez, estava carrancuda, não entendia porque ainda não estava dando certo para ela. Ela olhou para Hermione em busca de apoio, mas a garota não estava olhando para ela, ela estava olhando para qualquer lugar, menos para ela. Ela caminhou em direção a Granger e ficou ao lado dela, buscando seu olhar. Quando Hermione olhou em sua direção, ela ficou com medo de de repente ter Erika mais perto do que o normal.

— Eu estava conversando com você. — Erika disse confundindo a garota.

— Não, você não estava. — Hermione contra-indicada.

— O que você acha que ele precisa fazer para o copo chegar em sua mão? — Erika perguntou agora olhando para o vidro do outro lado da sala.

Hermione pensou sobre isso, o conselho de Erika foi útil, mas não o suficiente. Ela repassou tudo que Harry havia organizado, postura, movimento, visualização... Talvez fosse...

— A pronúncia... — Hermione murmurou com um dedo entre os lábios que havia chegado lá por pensar profundamente. — Harry, você pronunciou errado!

Ofendido, o menino se virou e perguntou sobre a pronúncia. Então as duas garotas lhe ensinaram sílaba por sílaba como dizer o feitiço, Harry disse com acento no I quando estava no A e com força. A pobre Grifinória estava se sentindo um pouco frustrada neste momento, eles não tinham percebido, mas já fazia mais de uma hora. Mas valeu a pena, porque quando Hermione viu aquilo como uma causa perdida e estava pensando em outro plano, o vidro voou do outro lado da sala para as mãos do garoto. Ele olhou espantado para as duas garotas atrás dele que estavam olhando para ele da mesma forma.

Os dois amigos da Grifinória se abraçaram de felicidade e alívio sob o olhar orgulhoso de Erika. O abraço pareceu bastante apertado e Hermione escondeu o rosto no pescoço de Harry.

Quero dizer...

Faria cócegas se alguém respirasse em seu pescoço? Sim, isso.

Os dois se separaram com um sorriso no rosto, Hermione olhou para Erika com um sorriso maior e cheio de gratidão, ela não se conteve e a abraçou também, pegando as duas desprevenidas, ironicamente.

Erika sendo abraçada por Hermione Granger de repente era algo que ela não teria imaginado anos atrás.

Se os abraços tivessem texturas estas seriam suaves e quentes, o perfume de Granger cheirava a frutas vermelhas e não era irritante como o perfume que Hannah usava de vez em quando. Hermione podia sentir um pouco do perfume de Erika, a garota da Lufa-Lufa cheirava a limão que era um tanto doce e relaxante. Elas puderam deduzir tudo isso em um abraço que durou menos de três segundos, mas que para elas talvez tenha durado um pouco mais. Quando elas se separaram, Hermione ainda estava sorrindo e olhou-a diretamente nos olhos.

— Obrigada por nos ajudar. — disse ela se afastando um pouco mais.

— Tecnicamente estamos no mesmo time, Potter ainda representa Hogwarts. — Erika sorriu, erguendo os ombros rapidamente.

— Seu conselho me ajudou muito, Erika. Se eu conseguir sobreviver, lhe darei um presente.

— Sim, você sobreviverá. — Erika suspirou revirando os olhos. — E por favor, não me dê nada, nunca sei como reagir aos presentes.

— Bem, então prepare-se com antecedência para receber um. — Harry avisou com um sorriso malicioso, fazendo as duas garotas rirem.

Erika saiu da sala depois de alguns minutos com a desculpa de que teria aulas em mais alguns minutos. Quando ela saiu foi seguida pelo olhar dos dois garotos da Grifinória e assim que a porta se fechou Harry olhou para Hermione de uma forma estranha como se ele estivesse esperando que sua amiga falasse. Abraçar Frukke fazia parte da obtenção de informações sobre ela? As técnicas de sua amiga às vezes eram estranhas. A garota percebeu o olhar e ficou estranhamente nervosa.

— O que? — Hermione perguntou.

Harry desviou o olhar inocentemente ajustando os óculos.

— Nada, nada.

— Harry! — a garota repreendeu, franzindo a testa.

— Ugh... É que... Você conseguiu mais informações sobre a família da Erika?

Hermione suspirou e encostou-se na mesa próxima, cruzando os braços. Com tudo sobre o torneio ela havia deixado de lado sua busca por informações para poder ajudar Harry, havia tentado conversar com Susan e Hannah tentando obter informações mas só conseguiu saber um pouco sobre sua vida pessoal. O que chamou sua atenção foi que sempre que Susan e Hannah falavam sobre Erika, mencionavam sua irmã mais velha, mas nunca seus pais.

— Nada de novo que fosse relevante, a irmã dela foi monitora e agora é Auror. Ron me contou que Bill respondeu para ele e apenas a descreveu como uma garota legal e com bom humor, ele não sabia mais porque Charlie era mais próximo já que eles tinham a mesma idade. — Hermione recapitulou enquanto Harry balançava a cabeça enquanto ouvia. — Susan e Hannah me disseram que nas férias ela fica com a irmã e quando perguntei sobre seus pais elas apenas disseram que ela não morava com eles.

— Ela não suspeita de nada? — o menino perguntou.

— Nada. — Hermione balançou a cabeça. — Eu não pergunto com frequência então é curiosidade real e não parece que estou investigando.

Harry assentiu e pigarreou um pouco nervoso, chamando a atenção da amiga que o olhava para fazê-lo falar de uma vez por todas.

— Perguntei ao Sirius. — Harry finalmente disse, Hermione olhou para ele espantada. — Quando eu disse o sobrenome ele ficou bastante bravo e eu contei o contexto de tudo. Ele disse que quem você deveria investigar não eram as irmãs.

Hermione olhou para ele confusa, quem mais ela investigaria senão seu alvo e a única pessoa de sua família nomeada e conhecida?

— Quem você deve investigar é o pai dela.

_____________________________

O fim de semana havia chegado e os dois acontecimentos importantes daqueles dias finalmente chegaram. O torneio tribruxo começaria oficialmente com a tão esperada primeira prova onde os escolhidos pelo cálice enfrentariam dragões em uma luta de estratégia ou morte. Por outro lado, Erika teve seu pequeno encontro com Adrienne em Hogsmeade. O dia estava agradável, os ânimos se retinham para a tarde onde seria realizada a prova.

A sala comunal da Lufa-Lufa não estava muito movimentada pela manhã, Erika estava bebendo algo quente na sala comunal pois havia acordado muito cedo graças ao nervosismo da primeira prova, ela estava um pouco preocupada com Cedric e o tipo de dragão que ele teria que enfrentar, não foi fácil lutar contra um deles, já que eram as criaturas mais perigosas que você pode encontrar. Foi um teste perigoso para os participantes e para o público. Alguns passos foram ouvidos no corredor e a garota deu de cara com Cedric que parecia ir treinar antes da prova.

— O que você está fazendo acordada? — ele perguntou confuso se aproximando da mesa onde sua amiga estava.

— Não consegui continuar dormindo, estou nervosa com a prova. — confessou, vendo o líquido escuro que enchia sua xícara.

— Por que? Sou eu quem vai acabar com a bunda queimada por um dragão. — ele disse entre risadas, sentando ao lado dela. — Vou ficar bem.

— Eu sei, você é ótimo. A questão é que os dragões são muito imprevisíveis. — Erika rosnou, franzindo a testa. — Além disso, eu tenho... Um compromisso... — ela disse em um sussurro com aquela frase terminando quase inaudível.

Cedric sorriu, contendo uma risada, mas era impossível e ele teve que esconder a cabeça nos braços para não rir tanto e evitar acordar seus companheiros. Erika era muito constrangedora quando se tratava dela em qualquer área, ele se lembrou de quando ele teve que forçá-la a contar sobre Flitwick pedindo para ela fazer parte do clube de duelo no terceiro ano, o constrangimento dela era que ela era muito tímida com suas conquistas.

Agora com ela entrando na adolescência ele tinha certeza que começaria a ouvir mais coisas assim dela, afinal ela estava na idade em que a maioria começava a se interessar romanticamente pelos outros.

— Você tem medo de um encontro pequeno? — o garoto perguntou de forma zombeteira. — Acha que é como se você estivesse fazendo uma excursão à reserva de criaturas de Hogwarts.

— Não vou comparar um encontro com Adrienne com uma ida à reserva. — Erika respondeu com indignação.

— Mas com certeza você já a associou a alguma criatura.

Erika permaneceu em silêncio, olhando para Cedric por alguns segundos.

— Eu não... — ao notar a sobrancelha levantada do amigo, ela desistiu e, derrotada, respondeu. — Um Occamy.

Cedric balançou a cabeça divertido, ele não tinha ideia do que era um Occamy, mas se Erika comparou a garota a um foi por algum bom motivo. Os dois se envolveram em um silêncio confortável que ajudou Cedric a relaxar um pouco mais, a intenção dele no treino era liberar a tensão e o quão cômica Erika conseguia ser sem querer o ajudou muito.

— Você pode me acompanhar antes da prova na tenda de preparação? — Cedric perguntou, surpreendendo a menina de cabelos negros.

— Você vai me contar suas últimas palavras? — Erika brincou com uma risada aérea pelo nariz.

— Algo assim. Vou precisar conversar com alguém para ganhar confiança e ficar menos nervoso, sabe, o de sempre.

— Suas conversas duas horas antes de uma partida de quadribol com Ernie, eu sei. — murmurou Frukke revirando os olhos. — Estarei aí então.

Cedric levantou-se agradecendo, antes de sair da sala comunal para treinar um pouco desejou-lhe sorte com seu encontro e foi embora. Com um suspiro, Erika olhou para sua xícara e se levantou. Ela iria almoçar com Adrianne em Hogsmeade e depois ver o primeiro teste, mas parecia que seria um pouco mais curto do que o planejado. Ela subiu para o quarto e, tentando não acordar as amigas, tirou roupas do malão para tomar banho e se vestir. Ela teve que aproveitar o tempo extra graças ao seu nervosismo.

Assim que saiu do banheiro viu Susan acabando de acordar com o ronco de Hannah que não tinha intenção de acordar. Ela caminhou até seu malão e tirou algumas coisas para levar para Hogsmeade junto com sua bolsa e dinheiro. Susan arrastou os pés até o banheiro tentando acordar com um banho. Quando ela organizou tudo para sua partida, Erika pegou sua bolsa e caminhou até a cama. Hannah rapidamente cobriu o nariz fazendo-a acordar enquanto dizia que era hora de acordar quando ela saiu do quarto. Saiu da sala comunal e caminhou até a grande sala de jantar, sempre que perdia o café da manhã acabava tendo um dia ruim e felizmente para ela os cafés da manhã já estavam sendo servidos.

Quando ela se sentou, conseguiu ver Krum e os meninos Durmstrang tomando café da manhã, assim como Fleur e suas amigas, incluindo Adrienne. Surpreendentemente, na frente dela estavam seus dois amigos, Ernie e Justin, que eram raros de ver quando a grande sala de jantar não estava tão cheia pela manhã.

— Uma duende entrou na sua cama ou o quê? — Erika perguntou curiosa, comendo uma colher de mingau de aveia.

— Vamos organizar as coisas em apoio ao Cedric para levá-los onde será realizada a prova. — Justin comentou entusiasmado. — Esses são alguns pôsteres e telas que devemos terminar.

— Os Corvinais deram seus melhores artistas para fazê-los. — Ernie disse comendo uma maçã.

— Você diz isso como se fossem artigos. — a garota disse com um sorriso, balançando a cabeça.

Sem pensar ela olhou para a mesa da frente onde estavam as meninas Beauxbatons e notou Adrienne olhando para ela, mas assim que foi descoberta ela desviou o olhar rapidamente. Erika sorriu suavemente e olhou para seu prato agora vazio, seus dois amigos se entreolharam com um sorriso e concordaram telepaticamente em provocar Erika.

— Como você está para o seu encontro? — Ernie perguntou, movendo as sobrancelhas de brincadeira.

Erika bufou, ela sabia que Hannah contaria aos meninos sobre Adrienne tê-la convidado para sair.

— Não demore muito, as provas são depois do almoço. — Justin disse com uma dupla intenção oculta.

— Pelo amor de Merlin, tenha um pouco de decência com a privacidade das outras pessoas. — a garota dramatizou, levantando-se.

Erika saiu do grande salão com as mãos nos bolsos da jaqueta e caminhou em direção às carruagens que levavam os alunos para Hogsmeade, ela tirou o gorro de lã do bolso grande da jaqueta e o vestiu, estava congelando naquela hora e todos que planejaram ir para a pequena cidade antes do primeiro teste estavam tão agasalhados quanto ela. Não eram muitos, então ela não se perderia na multidão e seria mais fácil para a francesa encontrá-la.

Um toque em seu ombro a fez se virar, encontrando o sorriso da morena francesa que a convidara para sair. Ela não tinha notado isso antes quando estavam caminhando juntas, mas a garota tinha algumas pequenas pintas perto da testa, era estranho que ela não tivesse notado semanas atrás.

— Você me leva para experimentar esses doces que você mencionou? — a francesa perguntou enquanto entravam na carruagem.

— Sim, claro. — Erika respondeu com um sorriso e depois mordeu os lábios. — Só que... Devemos voltar mais cedo, Cedric quer que eu vá com ele antes da primeira prova.

A garota de cabelos negros fez uma careta rápida como se não gostasse de ouvir isso, mas foi rapidamente substituída por um sorriso.

— Tudo bem. A propósito, você está muito adorável hoje com esse chapéu.

Erika sorriu e sentiu um leve rubor com o elogio, ela passaria a manhã sozinha com Adrienne mas não sabia como se sentir. Talvez tenha sido a preocupação de Cedric que não facilitou a identificação de suas próprias emoções, a ansiedade estava lentamente começando a comê-la viva.

Durante a viagem a Hogsmeade, elas conversaram sobre como achavam que seria o primeiro teste, quem venceria e se alguém se machucaria gravemente (algo que esperavam que não acontecesse se fossem honestos). Adrienne contou a ela sobre Fleur e seus nervos, a menina não conseguia dormir a noite toda e se divertia contando histórias para sua irmã mais nova, Gabrielle. Ela também contou que as duas eram amigas de infância e a cabeça de Erika chegou à conclusão de que talvez fosse por isso que a loira a olhava mal quando Adrienne falava com ela.

Erika contou como ela e Cedric se tornaram próximos, ela não comentou sobre Danielle porque não queria dar muitas informações para alguém que estava começando a conhecer. Assim que chegaram, Erika levou Adrienne diretamente para a Dedosdemel, pois não havia tantos estudantes e o local estava aberto para compras. Saíram de lá com as drageias em mãos e caminharam até encontrar um banco para sentar.

— Que sabores tem? — a francesa perguntou curiosa, olhando para a caixa.

— Todos os que você possa imaginar, Hannah uma vez comeu um que tinha gosto de minhoca. — Erika comentou, divertida, vendo a garota fazer uma cara de nojo. — Experimente um, se pegar um que tenha um gosto ruim vai passar em cinco segundos.

— Cinco segundos são suficientes. — ela reclamou enquanto colocava uma drageia na boca.

Erika olhou com expectativa para a garota em busca de uma careta de desgosto mas isso não aconteceu, o rosto de Adrienne demonstrou alívio quando ela finalmente engoliu.

— Cereja. Você deveria comer também. — Adrienne ofereceu, esticando a caixinha de drageias.

A menina de olhos azuis colocou a mão na caixa e tirou um pequeno doce, colocou na boca e enquanto mastigava esperou que o sabor chegasse à sua língua. Assim que o fez, cuspiu tudo no chão, surpreendendo a francesa. Ela se levantou quase vomitando enquanto cuspia de maneira muito exagerada; não havia recebido a melhor pílula de todas. O gosto de vômito se espalhou por sua boca por cerca de cinco segundos enquanto ela esticava a língua tentando tirar o gosto do ar que entrava em sua boca. Adrienne levantou-se preocupada e se aproximou dela perguntando se estava tudo bem.

— Foi... Vômito. — Erika disse reclamando, fazendo cara de nojo.

— Simplesmente não pode ser! Você precisa de algo para beber? — a francesa perguntou preocupada mas a garota negou.

— Estou bem, é melhor darmos um passeio. — um tanto envergonhada, Erika caminhou em direção à pequena floresta que ficava perto da área comercial de Hogsmeade.

Elas caminharam devagar e Erika estava com a mente acelerada. Não estava indo do jeito que ela pensava. Ela não sabia se era sua timidez ou de Adrienne, mas, segundo ela, não era um passeio muito turístico e possivelmente a francesa estava entediada. Ela se sentiu um pouco mal, deveria ter pedido a Adrienne para mudar a data de seu encontro mas não queria fazer isso de última hora porque seria desrespeitoso, mas sua mente estava em outro lugar e ele não sentia que o encontro foi... Romântico? É assim que os encontros deveriam ser, de acordo com ela.

Mas Erika não sentia nenhum romance.

Adrienne, por sua vez, percebeu que a mente de Erika estava em outro lugar. Quando chegaram perto da casa gritante, ela parou de andar e segundos depois a outra menina fez o mesmo. Elas se entreolharam por alguns segundos, Erika confusa e Adrienne com um sorriso para ela.

— Vamos voltar para o castelo?

Erika olhou para ela confusa. — Algo errado?

A francesa hesitou em responder com sinceridade ou não, mas Erika olhou para ela com uma cara de cachorrinho que não se permitia mentir para ela.

— Você está distraída com a primeira prova, eu deveria ter mudado a data do encontro.

— Não! — Erika exclamou imediatamente. — Desculpe, é só isso... — ela respirou fundo e depois expirou completamente. — Você tem razão, desculpe, eu...

— Está tudo bem, temos bastante tempo para sair novamente. — Adrienne a acalmou com um sorriso e se aproximou para pegar a mão dela. — Vamos, assim você tem mais tempo para se arrumar e ver seus amigos.

Erika assentiu e deixou-se levar pela mão de volta às carruagens a caminho de Hogwarts. A mão de Adrienne era fria mas macia, um pouco maior que a dela e fina, o contato a fez lembrar do aperto da mão de Hermione naquela aula do Moody, embora tivesse sido um aperto totalmente diferente, ela não pôde deixar de comparar. Ela não sabia porque estava prestando atenção naqueles detalhes, ela não estava acostumada a andar de mãos dadas e o toque era estranho, ambas as mãos eram obviamente diferentes mas neste caso ela não sentia muito em comparação com a que aconteceu na turma de Moody. Hermione pegou a mão dela quando ambas estavam estressadas ​​e precisavam pensar em outra coisa, aqui o momento era tão simples quanto voltar para a carruagem de volta para Hogwarts.

Mas para Adrienne não foi um momento simples andar de mãos dadas com Erika.

E Erika era boa em pensar muito sobre as coisas.

Desculpe pela falta de atualização ontem, estive muito ocupada. Porém aqui está o capítulo!

Hermione já está sentindo coisas e Erika está muito alheia a isso kkkkkk

Até breve. ❤️❤️

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